Uso de Aminoácidos para minimizar o estresse na atividade metabólica e produtividade da soja (Glycine max (L.) Merr)

Baseado em Ilsa Brasil Fertilizantes - Santo Ângelo

12 de Janeiro de 2022 ás 10:00

Uso de Aminoácidos para minimizar o estresse na atividade metabólica e produtividade da soja (Glycine max (L.) Merr)

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Atualmente, diversos estudos sobre substâncias orgânicas que tenham o potencial de reduzir danos por estresses bióticos e abióticos vêm sendo realizados, e os resultados são promissores. Uma alternativa para auxiliar as plantas na superação de estresses abióticos é a utilização de fertilizantes que também estimulam o metabolismo vegetal (FEMV), já que podem atuar como incremento hormonal e nutricional devido a presença de aminoácidos, extratos de algas, ácidos húmicos e fúlvicos etc. Os FEMV são fornecidos em pequenas quantidades e, além de nutrientes, melhoram a capacidade das plantas em suportar diversos tipos de estresses bióticos e abiótico.

Os aminoácidos são compostos essenciais às plantas, apresentando diversas funções. Talvez o principal e mais importante efeito dos aminoácidos seja o de o de sinalizador de estresses, fazendo com que as plantas desencadeiem rotas de defesa a estas condições indesejáveis e prejudiciais. A aplicação de aminoácidos mostrou-se ser eficaz para aumentar a biomassa de plantas de milho, maior proteção contra estresse biótico e abiótico, sendo possível declarar que, as plantas demonstraram um maior potencial no incremento de grãos (HALPERN et al., 2015, citados por CAMPOS et al., 2020).

Foi realizado um experimento no município de Cruz Alta, RS, na localidade de Urupu, pela Physioatac Consultoria, sob responsabilidade do engenheiro agrônomo MSc. Gabriel Schaich. Com a cultivar BMX Zeus IPRO semeada em novembro de 2019. Utilizando diversos produtos dentre eles, ILSAMIN AGILE da Ilsa Brasil Fertilizantes na dose de 2L/ha.

Foram avaliados índice foliar verde (GLI), índice de vegetação da diferença normalizada pelo Red-Edge (NDRE), índice devegetação por diferença normalizada verde (GNDVI) e índice de vegetação normalizada pelo vermelho (NDVI); além da produtividade, onde cada repetição foi avaliada individualmente com relação ao peso e umidade (os resultados apresentam a produtividade com umidade de grãos ajustada para 13 %).

Os dados são apresentados na tabela 2 e complementados nas figuras 1, 2, 3, 4 e 5. 

Tabela 2. Comparativo de médias de índices vegetativos e produtividade. Estação experimental Physioatac Consultoria, safra 2019-2020. Cruz Alta – RS.

Trat

Código

GLI

NDRE

GNDVI

NDVI

Produtividade (sc.ha-1)

1

Controle

0,462

0,587

0,846

0,933

75,49

2

Produto 1

0,463

0,589

0,847

0,934

73,81

3

Produto 2

0,464

0,598

0,851

0,936

75,06

4

Produto 3

0,453

0,608

0,855

0,936

76,64

5

Produto 4

0,459

0,592

0,847

0,933

65,42

6

Ilsamin Expression

0,460

0,594

0,849

0,934

74,56

7

Ilsamin Agile

0,455

0,601

0,853

0,936

80,68

8

Produto 5

0,468

0,598

0,850

0,937

81,27

9

Produto 6

0,470

0,595

0,850

0,937

74,78

10

Produto 7

0,465

0,595

0,850

0,936

74,08

Média

 

0,462

0,596

0,850

0,935

75,18

 

Ao observar os valores de GLI (tabela 2), é possível constatar que valores menores foram encontrados nos tratamentos 4 e 7, o que indica maior intensidade de degradação de clorofila, que, pela fase avaliada, reflete uma antecipação na translocação de nitrogênio para os grãos e neste sentido, atua de forma positiva no enchimento de grãos, refletindo em maior produtividade (tabela 2).

Para a variável NDRE (tabela 2), os maiores valores foram encontrados, respectivamente, nos tratamentos 4 e 7, o que demonstra maior eficiência na dissipação de energia solar não aproveitável (infravermelho próximo), bem como maior residual de estruturas ligadas à clorofila no terço inferior das plantas, refletindo em ganho de biomassa geral (GNDVI), índice demonstrado na tabela 2. Este resultado corrobora com dados obtidos por Groff et al. (2013), onde foi constatado que o GNDVI apresentou correlação com produtividade de grãos em soja.

Para a variável produtividade, a média do ensaio foi de 75,18 sc.ha-1 ou 4.510,8 kg.ha-1 (tabela 2). Os tratamentos 8, 7 e 4 obtiveram melhores resultados, com incrementos de 7,65%, 6,87% e 1,52% respectivamente. Esses valores validam os resultados obtidos através dos parâmetros vegetativos analisados. A alta produtividade após a indução do estresse pode ser explicada pela atuação das substâncias indutores da ativação de mecanismos de defesa da planta presentes nos fertilizantes e que resultam no aumento da tolerância a condições ambientais, pois melhoram a eficiência nutricional das plantas, aumentam a eficiência dos mecanismos de defesa, das atividades fisiológicas, do uso da água, na síntese de metabolitos essenciais e no crescimento da parte aérea e sistema radicular promovendo maior produtividade e produtos finais com mais qualidade (DU JARDIN et al., 2015; citados por ROSA, 2020).

Com base nos resultados obtidos e aqui apresentados, é possível concluir que foram encontradas diferenças importantes na melhoria do metabolismo vegetal quantificadas pelos parâmetros índices vegetativos NDRE, GLI e produtividade, com destaque para os tratamentos 4, 7 (ILSAMIN AGILE) e 8, evidencia a qualidade e resposta do produto frente a estresses.

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