Jaqueline Tavares Schafer - SANTO ÂNGELO / RS
10 de Setembro de 2024 ás 10:00
Foto da esquerda: liberação de ninfas na espiga de plantas de trigo. Fotos da direita: colônia de ninfas de pulgão em folhas de trigo.
Os pulgões, conhecidos também como afídeos, são pequenos insetos causadores de danos, tanto diretos quanto indiretos, em várias culturas agrícolas. No caso dos cereais, de forma direta, o inseto suga a seiva da planta e libera toxinas causando a morte do tecido foliar, reduzindo o número de grãos na espiga, o peso de grãos e também o potencial germinativo de sementes. Indiretamente, os pulgões são vetores de doenças, principalmente viroses. Independentemente do estágio de desenvolvimento e da espécie, os pulgões alimentam-se de plantas de trigo, desde o momento da sua emergência até a fase de maturação dos grãos.
Com um tamanho que pode variar de 1,5 a 3,0 mm, os pulgões possuem o corpo mole e com um formato piriforme, com longas antenas. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador e possui o metabolismo incompleto. A reprodução se dá por viviparidade e partenogênese telítoca, e vivem em colônias sobre as plantas. Em condições ambientais em torno 18 a 25 °C e ausência de chuvas, a população do inseto é beneficiada e apresenta rápido crescimento com um curto ciclo de vida. Além disso, a propagação deste inseto ocorre através do vento, podendo originar até 10 ninfas/fêmea/dia.
Essas características reforçam a necessidade de monitoramento constante das lavouras, no intuito da tomada de decisão para posicionar um adequado manejo fitossanitário desta praga. A prática do monitoramento é de extrema importância quando se trata da incidência de pragas e doenças, independentemente da cultura. Uma forma de prevenir e proteger as plantas durante a fase inicial de estabelecimento é o uso do tratamento de sementes. Aliado a isso, prática como a rotação de culturas também pode ser adotada. Contudo, fazer um manejo integrado aliando o controle químico com o biológico, se torna importante não somente pelo controle da praga, mas também pela conservação do manejo do solo e preservação de inimigos naturais presentes, como parasitoides e predadores, na área.
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