A Natureza em Favor do Equilíbrio Populacional de Pragas Agrícolas

Jaqueline Tavares Schafer - Santo Ângelo

17 de Julho de 2024 ás 17:10

A Natureza em Favor do Equilíbrio Populacional  de Pragas Agrícolas

Percevejo (Podisus sp.) predando a lagarta-do-cartucho-do-milho

                A natureza, perfeita em sua extensão, sempre se destaca em prol do equilíbrio como um todo, e muitos são os benefícios que podemos desfrutar desses mecanismos. Atualmente, a sociedade cada vez mais tem discutido e constatado, respectivamente, esses comportamentos benéficos, principalmente no ambiente agrícola.

               Nos mais diferentes agroecossistemas, por conta de diversos fatores, tem se presenciado um aumento discutível na pressão de seleção de pragas, que por sua vez trazem inúmeros danos às culturas. Estudos comprovam que o uso indiscriminado de agrotóxicos, além de contribuir para o aparecimento de populações resistentes, influencia na poluição do meio ambiente, causa danos à saúde humana e animal, contamina os solos e mananciais e afeta a biodiversidade. Com isso, profissionais da área têm se preocupado cada vez mais e buscam alternativas para solucionar problemas como estes. Em consequência, estudos e pesquisas têm constatado uma significativa redução da população de pragas nas lavouras pela ação de indivíduos antagonistas, o que configura uma excelente ação do Controle Biológico de Pragas.

               A exemplo da foto, pode-se apreciar a relação ecológica predatória que o percevejo (Podisus sp.) está exercendo sobre a lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Devido ao fato de o percevejo predador possuir um aparelho bucal do tipo picador-sugador, ele necessita inserir o estilete no corpo da sua presa para se alimentar, levando-a à morte. E são exemplos como esse que demonstram a beleza do biocontrole de pragas.

               Portanto, fica evidente que o Controle Biológico se torna uma ótima alternativa a mais no Manejo Integrado de Pragas (MIP), além de não favorecer o aparecimento de populações de pragas resistentes e não influenciar na mortalidade e desaparecimento das espécies benéficas de inimigos naturais. Com isso, fica clara a evidência que esse método beneficia não somente os aspectos ambientais, mas também contribui para manutenção social e ambiental.

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